quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Resenha - Um dia

Nome: Um dia
Original: One Day
Autor(a): David Nicholls
Editora: Intrínseca
Onde Comprar: Submarino - Saraiva - Americanas
Sinopse: Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas – vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida. 

"Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto da sua vida seria este.
Confiança.
Seria o presente da Confiança.
Ou isso ou uma vela perfumada"

Queria muito ler esse livro de tanto que ouvi falar dele e do filme com a Anne Hathaway, e também por se tratar de um romance. Mas nunca iria imaginar o quanto esse livro iria me surpreender, não é um romance convencional contemporâneo, é um romance realista, como eu gosto de defini-lo.

Tudo começa quando Dexter e Emma depois da festa de formatura desfrutam de uma ‘noite de amor’, bêbados, cheios de expectativas para o futuro e fingindo desinteresse um pelo outro. Depois dessa noite, e de no dia seguinte passarem juntos, eles acabam tornando-se amigos, e tomando caminhos totalmente diferentes, também por se tratarem de pessoas totalmente diferentes.
Emma é a típica eterna estudante, que lê romances instigantes e que ninguém conhece, sempre com ironias e sacadas inteligentes e engraçadas, preocupada com causas sociais e que se interessa por Dexter, totalmente o contrário de Em, meio arrogante, super confiante de si, rico, com futuro garantido por causa do dinheiro de sua família, e mulherengo, que ama uma bebida, um cigarro, uma festa e várias mulheres.

Parece ser o típico romance entre a garota inteligente e o rapaz cafajeste mas extremamente bonito e de uma certa forma interessante. Mas não é, o livro não só fala do romance de Em e Dex, ele retrata a vida dos dois, o quanto o futuro dos personagens mudam, quantas coisas surpreendentes acontecem, quantas reviravoltas, acontecimentos estranhos, outros típicos, enfim, lendo Um dia eu só pensava mais ainda no futuro, no quanto a vida pode mudar, seja para pior, seja para melhor. E no meio disso tudo, existe Em e Dex, melhores amigos, sempre se encontrando por aí, sempre com expectativas um do outro, mesmo com todas as mudanças desde aquele dia em que ficaram juntos. Dá até uma certa raiva ou incômodo em algumas partes do livro, por que o livro é muito real, não é aquele romance em que simplesmente depois de algum acontecimento ruim o casal apaixonado ficam juntos e felizes para sempre. Ele retrata a vida real, o futuro incerto, um amor que nunca acaba, uma amizade inesquecível, algumas coisas engraçadas, outras nem tanto, assim como nossas vidas, e por isso não é tão difícil de se identificar.

Além de tudo isso, o livro cita muitos livros e autores interessantes, por Emma, claro, personagem que me identifiquei em alguns pontos, mas em outros tive raiva até. Dexter também me fez sentir raiva por ser tão estúpido ás vezes. Mas no final o livro não me decepcionou, me surpreendeu de uma certa forma, fiquei triste quando terminei de lê-lo, mas satisfeita, como se tivesse tirado algo de muito bom dele, como um aprendizado ou algo assim, não sei definir ainda esse sentimento que ficou.

Por fim, a capa é linda, tem 410 páginas, com alguns erros de gramática que ainda consegui encontrar, mas nada grave. Enfim, o autor está de parabéns por escrever um livro tão emocionante e realista ao mesmo tempo.

“Inteligente, sagaz e, por vezes, insuportavelmente triste.” – The Times. Essa crítica definiu o que senti do livro.

***
Ainda não vi o filme, por isso não vou escrever sobre ele nesse post de hoje. 

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